O Mullah Nasrudin é considerado o grande mestre do sufismo justamente por ter o perfil de um louco, embora sempre ensine - com sua pretensa loucura - os verdadeiros segredos da vida.
Eis uma de suas histórias:
Todos os dias, Nasrudin ia esmolar na feira e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque:
Mostravam a ele duas moedas, uma valendo 10 vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor. A história correu pelo condado. Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas... e Nasrudin sempre ficava com o menor.
Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:
__ Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros.
__ O senhor parece ter razão - repondeu Nasrudin. Mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando truque.
Moral da história:
Muitas vezes, precisamos agir como se fôssemos tolos, deixando que pensem que não sabemos o que estamos fazendo. A vida nos possibilita usar esse "truque" para que alcancemos nossos objetivos sem sermos interrompidos por pessoas que se sentem incomodadas com nossos méritos e se acham espertas demais para "permitir" que nos demos bem sem que nada façam para atrapalhar.
Dica:
Você é quem dita as regras! Se você acredita em si mesmo e sabe o que quer, mesmo que as regras sociais, familiares ou de quem quer que seja lhe repitam que você está errado, continue o seu caminho. Porque ninguém melhor do que nós mesmos para sabermos o que é certo para nós ou o que é loucura. Mesmo porque, a loucura nem sempre é prejudicial... Os demasiadamente certos perdem grandes oportunidades de inovar!
Extraído de: Moral da história, volume 2 - Editora Escala - Págs. 8 e 9
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